No Jardim América tem uma rua fofa
Um rua de calçadas retas e bem cuidadas
De jardins floridos e portões pintadinhos
E com esquinas de contornos delicados
Se essa rua do Jardim América fosse a minha
Eu teria um jardim na porta de casa, com flores de espinhos
Para me proteger da beleza que transborda da portinha
De cada casa, de cada prédio, os menores e os maiores
Qualquer dia eu faço uma foto dessas portinhas
Com suas flores bem cuidadas, algumas poucas delas, rosas
Ao redor de alpendres e à beira de calçadas de pedras portuguesas
Vou com uma flor de espinhos na mão, porque essa rua não é a minha
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Nunca mais
Eis que este blog ainda está aqui. A última postagem foi em 2010. Lá se vão três anos.
Sempre tenho vontade de escrever. Mas as ideias me fogem, os sentimentos se esvaem nas canções que traduzem o que me vem à cabeça.
O passar dos anos é o que mais me "pega" nesses momentos. A sensação de que nunca mais vou amar, sentir, viver, odiar, ignorar, despreocupar-me e preocupar-me como antes. Nunca mais.
Por que?
Os anos têm me deixado mais cabreiro. Em outras palavras, o tempo tem me deixado mais resistente aos sentimentos, à entrega, ao mergulho. Já não entro no mar. Não tomo mais sol. Não pego mais o meu carro e saio sem destino. Não saio mais só. Não amo do mesmo jeito que antes. Não sou mais do mesmo jeito.
Sempre tenho vontade de escrever. Mas as ideias me fogem, os sentimentos se esvaem nas canções que traduzem o que me vem à cabeça.
O passar dos anos é o que mais me "pega" nesses momentos. A sensação de que nunca mais vou amar, sentir, viver, odiar, ignorar, despreocupar-me e preocupar-me como antes. Nunca mais.
Por que?
Os anos têm me deixado mais cabreiro. Em outras palavras, o tempo tem me deixado mais resistente aos sentimentos, à entrega, ao mergulho. Já não entro no mar. Não tomo mais sol. Não pego mais o meu carro e saio sem destino. Não saio mais só. Não amo do mesmo jeito que antes. Não sou mais do mesmo jeito.
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